Por Eric Chagas (@herico)
Considero-me um afortunado por nunca ter encontrado, onde quer que seja, pessoas com o desejo insano de agredir pelo simples fato de ser diferente! Tão sortudo ainda, por passar 6 anos de minha infância e adolescência sob a tutela de um padre de índole duvidosa, servindo a Santa Igreja e nunca ter sido abusado, pois causos sobre o assunto não faltam, mas o mesmo é muito respeitado para ser descreditado pelas pessoas da cidade. Se caminhasse pela Paulista neste sábado talvez não tivesse a mesma sorte.
Um grupo com representantes dessas duas classes se reuniu em frente ao MASP, num movimento em favor do Deputado Jair Bolsonaro, que desde o dia da posse de nossos ilustríssimos governantes vem soltando farpas contra a comunidade gay, classes sociais, e raças.
Segundo o “
organizador do ato” eles estavam defendendo o direito de se expressar de nosso deputado, o direito de acreditar que não somos dignos de demonstrar carinhos, ou sentimento em público – “Temos a opinião que cada um faz o que quer. Se a pessoa quer ser homossexual, que seja, mas seja entre quatro paredes. Ninguém é obrigado a ver atos obscenos em locais públicos...” disse ele.
Este senhor, de mentalidade tão limitada, considera ato obsceno somente quando envolve um casal homossexual ou será que ele também se incomoda em deixar seus filhos verem casais heterossexuais protagonizando cenas de quase sexo em todos os lugares? Será que este amigo da família acha que andar de mãos dadas, trocar um carinho, um beijo que seja, onde quer que seja, é passível de condenação? É tão obsceno a ponto de ser julgado?
Afinal, essas pessoas não estavam na avenida para defender o deputado, estas pessoas estavam na paulista para expressar seus medos, e o que pode ser pior, manifestar seus preconceitos.
Num imenso sentimento de mãos atadas, pois como humano pacifico que sou nem ao menos consegui me indignar diante de tamanha estupidez, apenas pedi a meus amigos e conhecidos, que, se pudessem, evitassem a região da Paulista no sábado.
Só pra constar, o organizador do evento é comerciante de objetos ligados à 1ª e 2ª Guerras Mundiais e pertence ao grupo extremista Skinhead.
Agradeço a mídia, por dar voz a esse cara, por noticiar (divulgar) seu ato pela liberdade de expressão!
Vale a pena ler e divulgar:
*Em breve a cobertura e o balanço do "ato cívico"
