sexta-feira, 18 de junho de 2010

Life, Love and Labels


Por @dougventania

Life, love and labels! Esse é o tripé no qual o seriado Sex and the City (SATC) se pautava. Pra quem nunca teve o prazer de acompanhar, a série baseada no livro da escritora Candace Bushnell contou em seis temporadas (1998 a 2004) as histórias, aventuras amorosas e a amizade entre quatro mulheres lindas, fortes e independentes.

Vivendo na capital do mundo, New York, Miranda Hobbes/Brady (Cynthia Nixon), Samantha Jones (Kim Kattral), Charllote York/Goldenblatt (Kristin Davis) e Carrie Bradshaw/Preston (Sarah Jessica Parker) possuem personalidades, desejos e sonhos totalmente diferentes. Mas mantêm uma enorme cumplicidade e companheirismo, um verdadeiro pacto de amizade! Após quase quatro anos do final do seriado veio o primeiro filme (2008), que começou com uma breve retrospectiva do final da sexta temporada e mostrou como as quatro personagens se relacionaram durante esse período com família, trabalho, e, claro, a cidade e o sexo. Maduras, mas sem pretenção de se passarem por meninas de 20, cada uma das personagens tem grandes reviravoltas em suas vidas no primeiro filme. O ponto alto fica para o dramático abandono de Carrie no altar pelo seu eterno amado Mr. Big (Chris Noth). Mas depois de todo o drama tudo acaba bem, claro!

Eis que estamos em 2010 e sob olhares tenebrosos da crítica americana foi lançado Sex and The City 2! A maioria dos textos dos "especialistas" criticam a duração do filme (aprox. 2:40min), a falta de um final contundente e a dificuldade de classificá-lo em um gênero cinematográfico. Mas querem saber? Os apaixonados pela série não estão nem aí para o que dizem os críticos ou os investidores. O filme toca o íntimo dos fãs de Carrie e suas amigas e mata as saudades que todos sentiam das fashionistas mais queridas da Big Apple. A produção de 92 milhões de dólares inicia-se centrada em problemas familiares, amorosos e de trabalho vividos pelas quatro personagens que veem em uma viagem aos Emirados Árabes uma maneira de dar um tempo em todo esse turbilhão. O problema é misturar todo o pensamento libertário de mulheres instintivamente novaiorquinas com toda a cultura e costumes árabes. É confusão na certa. Samantha, ou melhor, Kim Kattral está ótima no filme. Suas tiradas são fantásticas e não há quem não dê uma boa gargalhada durante a sessão. E como não podia deixar de ser, são dela as cenas mais picantes do filme! Kristin Davis também não fica atrás nesse quesito. Charllote, a aristocrata, sonhadora e tradicional garota da Park Avenue se vê totalmente amedrontada pela insegurança no casamento e cansada da estafante vida de mãe e dona de casa. Toda atrapalhada, ela arranca lágrimas e risadas dos espectadores. Já Miranda amolece de vez! Sempre taxada como durona durante o seriado foi aos poucos deixando esse rótulo de lado e no filme também dá show de emoção.

Finalmente Carrie, foco central de toda a saga SATC, vive no segundo filme talvez o último drama testemunhado por todos os fãs da série. Em meio a um início de crise conjugal, ela encontra Aidan Shaw (John Corbett), seu ex-namorido, em plena Abu Dhabi. Coincidência ou destino, a menina balançou! Mas não vou contar aqui o fim disso tudo. Só posso dizer que, apesar de todas as críticas, é ela, Carrie, que mais me emociona e que foi responsável por litros de lágrimas derramados. Apesar de estar perto dos 50, continua magra, chic e com um bom gosto insuperável. Sim, eu sei que escrevo como se ela fosse real, como se realmente existisse e como se a estilista do filme não tivesse ganhado 10 milhões de dólares pelo figurino. Mas como já disse pra muitas pessoas, pra mim, ela está lá sim, em Manhatan vivendo com seu Mr. Big, com seu closet que é do tamanho do meu quarto, tomando brunch com as amigas e comprando, sempre comprando muito. Aquela mulher sensível, por vezes insegura e sempre apaixonada! Às vezes mais pelos seus Manolos e suas Louis Vuitton, mas sempre apaixonada!

Quem gosta da série sente-se extremamente confortável com o final do filme. Todas elas já mostraram ao que vieram, e talvez um Sex and The City 3 seja inviável, seria chover no molhado. E também porque o segundo filme já é por si só um exagero em tudo, e você já se sente lambuzado de Sex and the City. Na verdade mais sex do que city. Nesse filme, Nova York foi deixada um pouco de lado, até porque grande parte da trama se passa nos Emirados Árabes, mas de qualquer forma as histórias já estão contadas, todos estão bem, ricos, lindos, apaixonados e cheios grifes da cabeça aos pés.

Ah, só mais um detalhe: não que seja um filme direcionado, mas faz tempo que não se via uma produção tão gay como essa. Não só pelo casamento entre Stanford e Anthony com Liza Minnelli cantando Single Ladies, mas pelo fato de que Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte são por si só "as gays"! Tá pensando que perua é bagunça?

4 comentários:

@kadulights disse...

Belo texto! Nunca vi a série e nenhum dos filmes. Mas acho que com esse post consigo pelo menos saber do que se trata tudo!

getsrafa disse...

esse post foi uma declaracao velada de admiracao pela serie!!!
Nao vi os filmes nem a serie e confesso q tenho certo pre conceito pra dramas do genero mas fikei interessado em ver o ultimo filme q se passa nos Emirados alem de conferir o figurino milionario!!
Ahh e esse tal de "Mr. Big" hein serah q ele faz jus ao nome? Doug q conhece profundamente a serie poderia nos revelar!!!
:D

Doug disse...

Rafa,
Isso nunca foi revelado na verdade... a sexo é tema constante... mas qdo se fala de Carrie e seus parceiros a coisa é tratada de maneira mais sútil. Mas se a coisa é diretamente proporcional ao nariz... pode ter certeza que faz jus sim!

Rafa disse...

O melhor post que eu já li na minha vida! Fã!